Preconceito Literário

Quantas vezes eu já não ouvi, ao comentar a respeito, que este ou aquele gênero literário nacional não presta? Que o escritor brasileiro não sabe escrever? Que a literatura fantástica ou a policial daqui são só cópias mal feitas do que já existe ou está surgindo lá fora?

Como eu já coloquei anteriormente, não adianta dizer que o livro importado é melhor do que o nacional, quando só o que é excelente, ou best-seller é efetivamente traduzido. Existe muita coisa medíocre sendo publicada em qualquer país do mundo! Na verdade, muita coisa medíocre também é traduzida e chega em outros países.  

A diferença é que lá fora existe incentivo!

As editoras acreditam nos autores, fazem o marketing do livro para que o leitor conheça o produto, se interesse por ele. Chegando a buscar parcerias com estúdios para adaptação de obras para filmes ou séries… Muitos destes filmes, inclusive, nem chegam aqui. E se chegam, vão direto para DVD.

E as editoras daqui fazem o que?

Lançam o livro e na maioria das vezes nem perdem tempo avisando aos leitores, ou a produtora que traz o filme, que o livro de onde o mesmo foi adaptado foi traduzido.

Para que gastar mais dinheiro, não é verdade? Só porque as vendas poderão aumentar?

É o que acontece quando a editora, como eu já vi acontecer, tem a coragem de afirmar que não aceitará nacionais, pois na realidade não consegue nem vender o que traz lá de fora! O que se pode esperar de quem pensa ou age assim?

E não é só isso, porque o leitor também tem ‘culpa do cartório’.

Não somente pela ideia “colonizada” de que o que vem de fora é naturalmente melhor só porque veio de fora, mas também porque também é preconceituoso, criticando sem nem ao menos conhecer o que surge no mercado nacional.

Deste modo, cabe também ao escritor uma parte dessa culpa.  Isso, pois, ao invés de ter ir fundo na pesquisa, em seu próprio desenvolvimento como profissional da escrita, ele deixa seu ego aflorar, achando em sua ignorância que qualquer coisa que coloque no papel é ou está excelente.

Daí, como o ouroboros, a serpente que come a própria cauda, o ciclo eterno não se quebra ou quebrará nunca.

O que fazer para mudar isso? Cabe ao leitor, ao escritor, às editoras verificarem o que estão fazendo de errado e tentar mudar.

Porque de nossa parte eu posso dizer que, através de nossos serviços, estamos ao menos tentando fazer nossa parte.

Não quer que isso aconteça com você? Então entre em contato conosco!

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