Como normalmente tem acontecido, eu estava conversando com um escritor a respeito de uma Leitura Critica esta semana e, durante o bate-papo, uma questão abordada foi tão relevante que eu resolvi comentá-la aqui.
Muito se fala no mercado sobre a questão: ‘seguir tendências de mercado ou criar algo seu’, o que, se analisarmos a cerne da questão seria algo como ‘escrever para si mesmo ou para os outros’?
Em ambos os casos (na realidade como a maioria das coisas nesta vida), o ponto médio é sempre a solução. Isso, porque mesmo as editoras vão lidar com a questão de uma maneira estranha.
‘Estranha’, você pode perguntar. Mas ‘por que’?
Bom, porque ao mesmo tempo em que, se você aparecer com um original em uma editora e falar, por exemplo ‘é tipo um Harry Potter’, poderá ouvir como já aconteceu na época áurea das vendas da série: ‘se já existe um Harry Potter, porque o público vai querer outro?’
Quer dizer, eu até concordo, mas também, assim que surge um Best-seller, todas as editoras buscam cópias, seja de O Código da Vinci, 50 Tons de Cinza, Jogos Vorazes, criando assim as famosas ‘tendências literárias’ as quais eu já comentei aqui.
Eu já até sei o que está passando na sua cabeça agora: ‘Porque então eles não aceitam meu original’?
Bom, eles não aceitam porque não conhecem você. Porque não acham que você efetivamente consiga fazer algo como os originais que estão fazendo sucesso (e têm medo de terminar com algo semelhante a uma fanfic ao invés de um livro profissional), e porque eles não têm nem tempo, nem pessoal para ler seu material (quanto mais analisa-lo), de modo que nem perderão o tempo deles.
O que fazer então?
Seguir o caminho do meio. Fazer algo no seu estilo, sem tentar copiar tipos de personagem ou estilos de trama, mas de repente usando a ideia, ou o gênero por trás da história. Por exemplo, uma fantasia urbana com magos vivendo entre pessoas normais não precisa necessariamente ser Harry Potter, do mesmo modo que uma história de Distopia não necessariamente é Jogos Vorazes, Divergente ou muitas outras. É só você usar a cerne da história, e não a trama da mesma como base.
É aqui, na verdade, que entra a questão do ‘escrever para si mesmo ou para os outros’. Você deve sim escrever para si mesmo no sentido que deve botar a alma em cada coisa que escrever, e só fará isso se gostar do que estiver fazendo. Mas deve sim pensar que para quer sua obra seja interessante para o leitor (e por consequência para a editora) ele deve sentir empatia para com o gênero, os personagens, a história, e você só conseguirá fazer isso se escrever pensando no leitor.
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Gianpaolo Celli é Pós-Graduado em Gastronomia no curso Cozinheiro Chef Internacional, SENAC São Paulo, Bacharel em Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica (PUC), Ex-editor e co-proprietário da Editora Tarja, Analista de Marketing, Tradutor, Leitor Crítico & Preparador de textos e Storyteller. Autor dos livros Predadores, Caminho de Santiago e tantos outros.
E-mail: giancelli@yahoo.com
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