Netflix, dezembro2022, duração de 2h e 19min, dirigido por Rian Johnson, com a participação de Daniel Craig, Kate Hudson, Edward Norton, Janelle Monáe, dentre outros.

Quando pego o metrô e vejo propagandas no metrô de São Paulo (o túnel de ligação da estação Consolação para a estação Paulista, da linha amarela, estavam forrados com a propaganda desse filme), sinal que o canal estava investindo pesado no marketing dele.

A princípio me pareceu uma novela mexicana (longe de preconceito, mas que fujo de novelas) por conta do figurino ou talvez o foco da campanha transmitiu isso. Olhando mais de uma vez, percebi que um dos atores era o Daniel Craig (James Bond), que apelidei como “Homem Mármore” por conta da dureza das expressões e que nada podia derrubá-lo.

Propagandas massivas, como essa, é um algo que fico um pé atrás, pois nem sempre é sinal de que o filme ou série sejam bons.

Acompanhando as novidades do Netflix, vi que ele despontou logo de cara para o primeiro lugar no Top 10. Como estou escrevendo artigos que mais estão bombando nos trends de filmes e séries, resolvi arriscar.

Sem mais delongas, eis a resenha do filme:

Várias pessoas recebem uma misteriosa caixa, com enigmas para desvendá-la. O resultado de seu interior misterioso leva a um convite a uma viagem a uma ilha grega, por um final de semana exclusivo com um multimilionário. As pessoas convidadas têm de resolver um enigma, que o próprio milionário anuncia: seu próprio assassinato.

Surgem personagens que ele próprio não lembrava de ter convidado: um famoso, mas entediado detetive e sua odiada ex-sócia.

Aparentemente, a trama discorre dentro da normalidade, mas há certos sinais de que havia algo a mais nessa viagem de entretenimento na ilha paradisíaca do excêntrico milionário.

Por exemplo, há lapsos de detalhes e desdobramentos de passado dos personagens, que revelam a sórdida trama e subtramas que mostram que nem tudo que se vê, seja a verdade. Mostrando vários pontos de vista dos envolvidos, dependendo da localidade e situação da história de vida de determinados personagens, a trama toda se revela. Todos os personagens têm uma parcela de culpa e envolvimento no contexto das articulações dentro da história.

O final, não podia ser mais hollywoodiano e fantástico, foi uma finalização apoteótica, merecida por conta do plano de vingança e subtrama reveladas.

Obs.: A atriz e cantora Janelle Monáe teve uma atuação dupla, demonstrando uma boa competência nas suas atuações, misteriosa e determinada.

Me surpreendi com a atuação do Daniel Craig, que é diferente ver atuando em papéis mais leves mas não menos inteligentes. Creio que atuar tempo demais como um James Bond, personagem durão e mortal, meio que dá uma impressão equivocada como ator que pode ir além de ser um “homem mármore”.

Afinal foi revelado a razão do nome do filme ser “Glass Onion”, mas seria interessante a própria pessoa assistir pois foi uma das artimanhas que me fez assistir o filme.