A hipocrisia do cancelamento (no streaming e no meio literário) Parte 1

Com o surgimento do streaming, assim como das redes sociais ficou cada vez está mais comum tomarmos conhecimento a respeito do cancelamento de séries de TV, mesmo quando efetivamente não as assistimos. E o pior é que isso acontece não só com séries que perderam a audiência, mas também com series que estavam fazendo sucesso.

Dia destes, eu estava lendo mais um (dois ou três, na realidade) dos muitos artigos que têm surgido na net comentando que não uma ou duas, mas nove ou dez séries de canais de streaming seriam canceladas.

Isso me fez lembrar de uma recente entrevista com o CEO de um destes canais de streaming que declarava, me desculpem a sinceridade, mas na cara de pau, de como era desagradável para eles cancelar séries.

Agora, porque estou falando a respeito de séries de streaming quando o assunto aqui é literatura? Porque as colocações desse CEO me lembraram das palavras de uma profissional do meio editorial dizendo algo semelhante, de que, como os líderes das redes de streaming, os editores também não gostavam de cancelar séries de livros. Me desculpem, mas em ambos os casos… QUE HIPOCRISIA!

Isso, pois tendo em vista a quantidade de cancelamentos, assim como de series que não só foram canceladas e mas que depois retornaram em outros canais (como Lúcifer) ou editoras, no caso de series literárias, eu posso dizer com toda a certeza que NÃO! Diferente do que afirmam, eles não só não ligam para os profissionais que estão trabalhando nas séries COMO TAMBÉM NÃO DÃO À MÍNIMA para o público! A única coisa que interessa para eles é o retorno financeiro, ou seja: DINHEIRO!

Isso me faz recordar, inclusive, outras colocações a respeito de séries de streaming (colocações que também são válidas para series literárias) de como apesar do sucesso, a razão elas demoraram para ter suas temporadas seguintes renovadas (como no caso de Sandman ou Carnival Row, apesar de, no caso deste último, haver o problema de o mundo estar passando pela pandemia do Covid 19).

No caso de Sandman, que a exemplo de outras séries, como House of the Dragon, a razão foi o custo da série, que apesar de sucesso, precisava de um retorno muito maior para que fosse considerada um sucesso. Houve até, no caso, colocações de que os fãs não deveriam assistir deste ou daquele modo (como maratonar, por exemplo), pois o algoritmo do canal de streaming não considerava quem maratonava como assistindo diversos episódios.

Eu nem vou falar que botar a culpa no público (coisa que Hollywood tem feito muito atualmente), pela incapacidade do algoritmo do canal de perceber o sucesso da série é passar um atestado de incompetência (apesar do sucesso da série), mas será que eles não perceberam que o custo da série praticamente inviabilizaria o sucesso da mesma, apesar de resposta dos fãs? (alguém aí pensou nas colocações de James Cameron sobre Avatar 2?) Isso sem contar que, como o dia, as pessoas têm um número determinado de horas de lazer e, com a quantidade de coisas novas que têm aparecido para fazer, não podem assistir todas as séries ao mesmo tempo. Ou seja…

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