Muitas vezes se pode ver sites ou blogs “literários” que simplesmente “enfiam a faca e torcem” nas críticas. Isso, pois seu público só quer, na realidade ver o circo pegar fogo, ou saber as sujeiras e os fuxicos que rolam nos bastidores do mercado.
Eu não sou psicólogo, mas sempre pode ser pois este mesmo mercado não os aceitou e eles estão “buscando vingança”, mesmo que no fundo não ganhem nada com isso.
Aqui no Aliteração, nosso objetivo é exatamente o oposto. Ao invés de ficar escancarando as sujeiras do mercado editorial, nossa ideia é apresentar situações e, mesmo no caso das negativas, tentar trabalhá-las de modo a mostrar a melhor maneira de se tornar um profissional é sabendo efetivamente a respeito de como o mesmo funciona. Tudo bem que o mercado pode não ser sempre bonito, sempre correto, mas mesmo assim é algo com que temos de aprender a conviver.
Os últimos artigos foram a respeito da diferença do reles escritor, que venhamos e convenhamos, qualquer um que gosta de escrever pode ser; e do autor, que busca se profissionalizar, busca fazer da escrita uma carreira, mesmo que a escrita não seja sua principal fonte de renda.
Então, como fazer isso?
No caso de autores que já possuam livros publicados, a ideia é continuar sempre fazendo seu marketing pessoal, assim como escrevendo e publicando. Um autor que eu já conhecia de muito antes que sequer pensar em escrever para publicar um dia me disse “para que seu público continue crescendo, o autor deve publicar ao menos a cada dois anos. Até porque a venda do livro novo alavanca a dos antigos.” E olha que isso foi a uns bons vinte dois ou vinte e três anos atrás.
Já para os que estão começando e que muitas vezes dizem querer se tornar profissionais – apesar de muitos aparentemente só quererem ter seu ego acariciado ao dizer “sou escritor” – ao invés de “chorar as pitangas” ou tentar publicar em blogs, redes sociais literárias ou mesmo em formato de ebook sem sequer mexer no texto, procurem se desenvolver. Se seus textos foram recusados, tentem descobrir a razão. E mesmo antes de enviarem, procurem profissionais de mercado, pois existem alguns muitos bons para descobrir o que estão fazendo de errado em seus projetos. Como melhorá-los. Como deixa-los prontos para a publicação!
O escritor John Green, autor de sucessos como “A Culpa é das Estrelas” e “Quem é Você, Alasca?” já disse:
“A escrita é um ato solitário, mas a publicação é uma colaboração. Você precisa da ajuda de outras pessoas para transformar seu livro em algo que possa ser compartilhado com o mundo.”
É isso que nós precisamos aprender aqui no Brasil, para que, mesmo que lentamente, nosso mercado se profissionalize. Aí quem também não o fizer, vai ser deixado para trás.
Mas tudo bem, sempre existirá uma nova rede social, um site de venda de e-books ou mesmo os blogs para que esse escritor frustrado consiga publicar o que as editoras não aceitam e com isso alimentar seu ego.