Resenha do livro: A Cor que Caiu do Céu, de H.P. Lovecraft

102 págs., Editora Hedras

Por Marcia Saito, Blog Torrente Literária

As colinas de Arkhan recebem a visita de algo que caíra pelos céus, em um rastro e cinzas e que condenaria aquelas terras e qualquer ser vivente. Os cientistas não descobriram o que era tal coisa e mal sabiam que o tal traria muito mais males que os moradores não estariam preparados. Sabiam que algo de ruim ocorria quando as plantas e insetos mudavam de cores e em formas horrendas, além dos animais definharem e morrerem sem nenhum motivo aparente. Mas o pior seria para os humanos que ali viviam, que experimentariam os piores e últimos dias de suas vidas.

Para dizer extasiante essa leitura foi pouco para descrever um texto de qualidade literária única, com uma complexidade fascinante, além de trazer toda a expectativa do decorrer dos fatos e a estarrecimento pelo desfecho surpreendente. Até o nome foi bem sugestivo, de tamanha indefinida forma que seria aquele mal, que apenas pôde-se atribuir à somente a cor.

Tudo isso em uma narrativa que não foi necessário a descrição de nenhuma cena grotesca, com sangue ou qualquer vulgaridade, para se narrar uma história que poderia ser apenas um fiapo e contada rapidamente. Mas com a escrita de Lovecraft , algo que seria algo trivial ou mesmo uma história banal, ele a transforma em algo que assombra pelos detalhes e a desenvoltura em escrever em uma torrente crescente de história que o engole para um redemoinho envolvente de desfecho surpreendente.

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