Essa semana eu estava conversando com dois colegas escritores a respeito da influência do processo de criação na venda do livro e ambos concordaram que é essencial. Veja bem, nada contra escrever o que você gosta ou gostaria de ler. Isso, na verdade, é essencial, pois, se considerarmos, ao escrevermos sobre o que não gostamos, não será um prazer escrever, e vender será como vender um produto no qual não acreditamos. Além do que, apesar de muitos escritores se apresentarem como profissionais, praticamente nenhum consegue viver somente de sua produção literária
Mesmo assim, com as mudanças que a informática trouxe para o meio editorial das últimas duas décadas: mais autores escrevendo, editoras publicando, surgimento de e-book e e-book readers, se publicar tornou-se mais simples, conseguir um espaço nas livrarias (muitas das quais estão fechando), para não dizer cativar seu público, continua um desafio. Um que, inclusive, começa no processo de criação de sua história.
Independente do gênero que você escreva, muita pesquisa e desenvolvimento são necessários em todos os pontos da história. Isso, pois tudo em sua criação deve ser verossímil. Não basta uma trama envolvente se seu universo não for crível; não basta empatia entre seu protagonista e o leitor se sua cena de abertura não o deixar embasbacado e com vontade de continuar a leitura; cada capítulo, cada página, cada cena deve deixar o leitor com aquela vontade de “quero mais”, fazendo-o não deixar o livro até seu derradeiro final, que por sinal deve ser surpreendente! Afinal, pior do que um final fraco é aquele que, quando chega é exatamente o que o leitor esperava.
E quando, no meio da ação, com o mundo ruindo em volta do protagonista, o escritor resolve colocar um capítulo explicativo? Já aconteceu com você? Fala se não dá vontade de jogar o livro longe!?
Como eu já disse acima, e muitas outras vezes, o balanceamento na história deve ser completo para que o leitor aproveite a experiência. Na descrição nas cenas, por exemplo, não há nada pior do que a enrolação da descrição desnecessária… Especialmente quando ela é ineficiente e o leitor sequer consegue entender o que está acontecendo. Isso é de fechar o livro e nunca mais querer abri-lo. E ainda evitar qualquer outro livro do mesmo escritor.
A descrição, afinal de contas, deve colorir a imaginação do leitor. E não só isso, mas com sons e cheiros, e sensações, de modo capacitar o leitor a visualizar a cena, transportando-o para dentro da mesma.
Como conseguir isso?
Em todo processo de criação devem haver revisões. Inicialmente do próprio escritor, ou dele com seu leitor crítico, depois de um ou mais leitores beta. Tudo de modo a lapidar a obra, deixá-la pronta não só para o público final, mas para o editor.
Acabou seu original e não sabe se ele está pronto para o mercado? Então você é um sábio, pois tem escritores que acham que a primeira versão de seus originais será um divisor de águas no mercado. E… bom,
segundo as próprias editoras, 90% deles não está!
É exatamente aqui que nós da Aliteração entramos! Com nossa experiência como escritores, editores, leitores críticos, resenhistas, diagramadores, capistas e trabalhando com divulgação, marketing e vendas, nós podemos fazer a diferença na PUBLICAÇÃO DO SEU LIVRO.