Não é porque o Aliteração estava “de folga” durante o Carnaval que eu não continuei “antenado” nos assuntos ligados ao mercado literário/editorial.

Um dos que deram o que falar nas redes sociais foi relativo à falta de um editor efetivo, em especial nas editoras que sobrevivem de antologias. Uma vez mais o assunto não é novo. Já comentei a respeito diversas vezes, senão aqui em cursos, palestras, ou mesmo em bate-papos literários.

Aqui temos que considerar o assunto sob duas óticas diferentes: nas coletâneas em que o escritor precisa passar por uma leitura crítica e nas pagas.

No caso destas últimas a figura do editor é, na maioria das vezes, inexistente. Afinal de contas se a pessoa está pagando para publicar, ela teoricamente poderia colocar qualquer coisa.

Mas vamos falar sério.

Não, né!

Um padrão de qualidade mínimo deve ou deveria ser considerado, pois caso contrário a publicação só servirá ao ego do escritor. Porque como “cartão de visitas” que é como muitos consideram as coletâneas, ela definitivamente não servirá!

O assunto em questão que eu estou abordando, na realidade, era a falta de explicações a respeito do assunto da coletânea, o qual deveria ser dado para que a editora não recebesse para a mesma histórias fora do padrão esperado, como muitas vezes acontece.

Agora, antes disso precisamos considerar o Outro Lado da Moeda. O mínimo que se espera de um escritor profissional é que o mesmo faça PESQUISA antes de começar a escrever. Em especial se ele ou ela tem dúvidas a respeito do assunto ou tema da coletânea. Até porque, se ele sequer sabe do que se trata a coletânea, como ele espera que seu trabalho seja aceito?!

Eu não vou nem considerar casos que, como editor eu mesmo já presenciei, de escritores enviando para antologias de temas distintos, o mesmo texto. Mesmo ele não tendo relação alguma com o tema em questão. Sem contar já haver sido reprovado pela editora.

Você até pode considerar que o máximo que ele irá receber é um segundo NÃO, mas eu posso dizer, pois isso já aconteceu comigo como editor, que ao ver o mesmo texto que já havia sido reprovado enviado novamente, desta vez para uma antologia de tema diferente, o editor considerará o reenvio um ato de desrespeito ara com a editora, “queimando” com isso “o filme” do escritor com aquela editora.

Pois este é um ato que um profissional de verdade jamais faria!

Pense nisso, pois é a sua carreira que você está queimando.