O Pálido Olho Azul – Resenha de filme

Filme de suspense e mistério, lançado em 6 de janeiro de 2023 no Netflix, com duração de 128 min. Baseado no livro de mesmo nome, escrito por Louis Bayard, com roteiro e direção de Scott Cooper.

O tempo gélido na região de New York, em meados de 1830, o detetive aposentado August Landor é requisitado pela direção da Academia Militar West Point, para investigar um aparente suicídio de um dos cadetes. Se não fosse pelo por um detalhe mórbido e um apurado exame e linha investigativa, releva que não era uma morte qualquer. Com o apoio de um dos cadetes, o excêntrico Edgar Allan Poe, no seu primórdio como escritor e em formação em uma instituição conceituada como a Academia Militar, auxilia o detetive com sua perspicácia nas suas observâncias. Revela-se planos sórdidos que se escondem dentre os personagens que desfilam em uma trama de mistério, ocultismo e sob uma ótica poética gótica.

É inusitado ter uma personalidade histórica como Edgar Alan Poe como um personagem ficcional, que trouxe um detalhismo mais que interessante à história. Até um certo momento do filme, aparentava-se um filme de roteiro detetivesco dentro dos padrões, mas em um determinado momento do filme, uma surpreendente reviravolta na trama trouxe a segundo encadeamento de trama por trás das mortes dos cadetes, que muda totalmente a perspectiva dos acontecimentos.

A ambientação obviamente lembra a tenebrosidade do que um filme investigativo e que acrescenta um certo ar de melancolia poética às divagações filosóficas dos personagens principais. A intensidade da dramaticidade poética é mais que adequada ao que Edgar Allan Poe trazia em suas obras, pairou em narrativa e visual.

Da maneira que é revelada a subtrama, até valeria a pena rever o filme sob essa outra ótica, que acredito que pode se tornar mais clara e ao mesmo tempo a profundidade da trama principal.

Como uma excelente história que não somente te envolve e te prende para que siga até o final, é ser surpreendido com algo além que poucos que a assistem desde o começo, passa desapercebido.

Harry Melling como Edgar Allan Poe

Algumas considerações

O ator Christian Bale foi bem adequado e atuou bem dentro de seu papel. Depois que vi o restante do elenco, me surpreendeu a presença da Jillian Anderson (X-Files/Arquivo X), que mesmo sem saber que era ela, a personagem que ela personificou, considerei que interpretou-a bem. A atuação de Harry Melling como Edgar foi bem intensa e caracterizada, que depois descobri que ele interpretou o personagem Dudley Dursley, primo do Harry Potter.

Faz um bom tempo que não assistia um filme que me surpreendesse assim. Mas sou suspeita em dizer que gosto de filmes e histórias desse tipo, pois sempre admirei Edgar Allan Poe e de ambientação gótica e obscura, além de histórias detetivescas e de mistério (afinal sou escritora desse gênero e consumo tudo quanto é material desse contexto todo)

Harry Melling como Dudley Durstey, primo do Harry Potter
Jillian Anderson, como Julia Marquis

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