Série Wandinha (Wednesday), Resenha

Netflix, novembro 2022, 8 episódios.

Série que estreou no mês de novembro de 2022, sendo um desdobramento do mundo da Família Addams, criada originalmente baseada no cartoon de Charles Addams. Dirigido por Tim Burton, roteiro e criação por Miles Millar e Alfred Gough.

A personagem Wandinha Addams, depois de incidentes na escola normal que frequentava, é enviada à escola Nunca Mais, instituição feita para acolher e educar os provinham de linhagem dos que são chamados Excluídos, seres do imaginário de fantasia, como Lobisomens, Vampiros, tanto outros. De natureza rebelde, ela jurou a seus pais que fugiria ou que arrumaria confusão para escapar da escola. Mas por conta de algo que chamou a atenção dela, resolve permanecer para resolver o que considerou um mistério que não podia ser ignorado.

Em 8 episódios, a trama teve alguns altos e baixos, onde ocorreu até uma certa apatia, mas resolvido com a incursão de outros personagens. O interessante é a ambientação sombria e jovial ao mesmo tempo. Houve uma boa dosagem de humor mórbido ou mesmo de aspectos mais aterrorizantes e sangrentos. A construção do enredo para a finalização foi bem construída, surpreendendo até quase o fim, apesar de ter tido alguns atropelos.

Quando se fala de filme do Tim Burton, já se espera que não teria atores ou personagens comuns. A escolha do elenco seguiu bem à regra disso.

Desde o ator Luis Guzmán, interpretando Gomez Addams, segue de acordo com a concepção original do cartoon, um tipo esquisito e grotesco. Apesar da atuação média, não tem jeito. O ator Raul Julia vai ser o eterno personagem Gomez, tamanha atuação que ele destacou na época dos filmes icônicos. Mas o tempo passa e a vida corre.

Já a escolha da Catherine Zeta-Jones foi boa, onde ela se mostra adequada na essência de mulher fatal e voluptuosa. Não possui o mesmo charme de sua antecessora, mas até que se saiu bem.

Quanto à escolha da atriz como Wandinha, acredito que foi bem acertada. Atuou dentro do esperado, da expressão apática e com toques sutis de expressão, quando necessário. Esperava que fosse mais pálida. Faltou maquiagem nela e usaram tudo na Mortícia.

Quanto ao cast secundário, teve vários personagens bem interessantes.

Desde a diretora da escola, sempre impecável em seus trajes, Gwendoline Christie que atuou muito bem. Só ficava reparando o tempo todo que ela aparecia, o quanto era alta e longas pernas! Considerei a atuação dela melhor do que na série Sandman, onde ela fez o papel de Lúcifer.

A personagem Lobisomem Enid Sinclair, foi  bem fofa, colorida e jovial. A atuação da atriz Emma Myers foi boa e bem de acordo com uma personagem que seus problemas da sua idade e dificuldades dentro do seu gênero Lobisomem.

Não esperava que tivesse outros tipos de personagens do imaginário de fantasia. A sereia, com uma atuação e adaptação moderna interessante. O personagem que era um Gárgula misturada com Górgona, fez a parte mais leve e humorística, com uma adaptação com toque mais jovem e moderno.

Surpresa também é a presença da Christina Ricci, atriz dos filmes antecessores. Quase irreconhecível pois estando mais velha e com uma caracterização para parecer uma professora apagada, é  meio que um choque vê-la sob uma caracterização que mal se dava para reconhecê-la primeiro momento.

O mistério da trama principal seguiu por vários caminhos e que até perto do final, nem se suspeitaria de quem fosse o responsável de toda essa mixórdia macabra de ataques sangrentos e mortais. A inserção de outros pequenos mistérios quase que roubaram a atenção e por alguns momentos aparentava que a trama principal seria esquecida.

Essa série, tendo essa pegada jovial sem grandes melosidades típicas de séries teens, agrada àqueles que não suportam a babaquice de muitas séries do mesmo gênero que pipocam por aí. Nem tanto o tom bonzinho positivista, além da abordagem das perversidades e dificuldades dessa fase que muitos sofreram ou que são plausíveis de qualquer jovem poderia passar. A temática original do que era a Família Addams, é combater a babaquice do comum e do normal, usando a excentricidade de ser autênticos sombrios intelectuais.

Até o momento, não há confirmação de uma segunda temporada. Fato que é normal de séries produzidas para a Netflix. Apesar disso, Tim Burton e os criadores da série têm planos para o futuro da série, já que consideram que há mais elementos do mundo dos Addams que podem ser explorados.

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