Os dois lados da moeda

Dia destes eu recebi uma mensagem de um autor comentando que havia publicado e não estava satisfeito com a divulgação feita (NA REALIDADE ‘NÃO FEITA’) pela editora. Ele questionava “como funciona quando isso acontece?”

Esta é uma ocorrência cada mais comum no meio literário. Escritores iniciantes que, ávidos por publicar, após o lançamento de suas obras se veem insatisfeitos com o trabalho de distribuição, divulgação e/ou venda da editora.

Não é que não se deva criticar. Muito pelo contrário, a crítica é essencial! Não só para que a editora veja a insatisfação de seu parceiro (se bem que para isso termos de tomar cuidado com o tom da crítica) e melhore o trabalho, como para alertar outros iniciantes (eu falarei disso mais abaixo) a respeito dos pontos negativos (assim como positivos no caso de elogios, também muito importantes) da editora em questão.

MAS O QUE SE PODE FAZER ALÉM DE CRITICAR? Você pode perguntar.
Inicialmente, vamos considerar: só fazer isso (criticar) no fundo não só não mudará absolutamente nada, como piorará o mercado, pois esse tipo de crítica destrutiva só atrapalha.

Eu respondi, e coloco aqui, pois creio que a dúvida é genérica, que neste tipo de situação o autor deveria, após verificar o contrato assinado, o qual oficializa os direitos e deveres de cada uma das partes, conversar diretamente com a pessoa responsável pela editora de modo a ver o que poderia ser feito.
Expliquei também que, dependendo do tamanho, a editora não possui um departamento de marketing, e que mesmo em grandes editoras, as quais possuem um, existem casos de autores que contratam sua assessoria de imprensa própria para seu livro (pois a editora tem que cuidar do marketing e da divulgação de inúmeros livros, não só de um).

Assim, para ambos os casos, deve haver muita conversa tanto entre o autor e a editora, assim como entre eles, a mídia e as livrarias. Isso, pois o objetivo de ambas as partes é, ou deveria ser, triangular esforços e divulgar e vender o seu livro, fortalecendo tanto o nome do autor, da editora (sua casa).

Agora, a respeito do alerta aos iniciantes que comentei que mencionaria abaixo, eu já disse antes e repito agora, faz parte da pesquisa que o autor deve fazer antes de enviar seu livro à editora para analise, não só ver se a mesma publica obras nacionais do gênero, mas também o que os autores que já foram publicados pela editora acham dela.
E se isso já não era complicado quando só existia e-mail, pois muitas vezes o autor deixava seu endereço de contato para fãs, agora com as redes sociais ficar sabendo como a editora trabalha ficou mais simples. Até porque também dá para descobrir a respeito de como elas tratam seus clientes/parceiros em sites como o Reclame Aqui e outros. Ou seja, o escritor deve sim fazer sua parte para não se sentir enganado depois!

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